Além da boa recepção que tem tido em viagens pelo país, Jair
Bolsonaro (PP-RJ) vem celebrando a média de 5% das intenções de voto que
o situou em quarto lugar entre possíveis candidatos à presidência em
2018, nas pesquisas do Instituto Paraná.
À frente de nomes como Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Ronaldo Caiado
(DEM-GO), o deputado federal disse ao blog que, caso o cenário se
mantenha favorável, “se depender de mim, eu serei candidato”.
“O retrato que eu tiro hoje é o de total ausência de lideranças políticas no Brasil.”
Como a probabilidade de Bolsonaro sair do PP é de 99% e a troca de
partido acarreta a perda do mandato, ele conta com uma mudança na
legislação para favorecer sua empreitada.
Atualmente, os candidatos têm de estar afiliados ao partido pelo qual
concorrem com pelo menos um ano de antecedência à eleição. No entanto,
tramita na Câmara um projeto que prevê a alteração deste prazo para um
semestre.
“Se passar para seis meses, fica melhor. Na pior das hipóteses, eu
mudo de partido no começo de 2018, perco o meu mandato dois meses
depois, mas fico presidenciável”, calcula Bolsonaro, prevendo que, desse
modo, passaria apenas quatro meses sem o cargo.
No momento, a popularidade de Bolsonaro cresce não apenas nas redes
sociais, onde se diverte com o apelido de “Bolsomito”, mas também
no meio evangélico por conta de seu combate à ideologia de gênero e aos
materiais escolares conhecidos como kit-gays.
Eleitores avessos ao Estatuto do Desarmamento, membros das forças
armadas e antipetistas cansados da moleza tucana ajudam a compor a sua
base.
“Aos 21 anos, hoje, você pode ser nomeado ministro da Defesa para
comandar um Exército de 500 mil homens, mas até os 25 não pode ter uma
pistola em casa para se defender de bandido”, compara.
Sua posição atual nas pesquisas também poderia render vaga nos
debates de TV do período eleitoral para enfrentar um dos tucanos (Aécio
Neves, Geraldo Alckmin ou José Serra), Marina Silva e Lula; e,
embora avalie que ainda é cedo para pensar nisso, o deputado anuncia seu
destemor em relação a qualquer adversário petista:
“Comigo não vai ter isso de você me acusar de uma coisa e eu me defender, eu vou é para o contra-ataque.”
Até lá, no entanto, Bolsonaro diz que “tomaria muita porrada da
mídia”, o que não sabe se, no fim das contas, seria bom ou ruim. (Para
Donald Trump, nos EUA, vale lembrar que tem sido ótimo.) De qualquer
modo, o lema do deputado é o seguinte:
“Qualquer brasileiro que acredita ter 1% de chance de mudar o seu
país é um covarde se não tentar botar pra frente essa oportunidade.”
Sobre o desgoverno de Dilma Rousseff, que Bolsonaro lamenta não ter enfrentado em debate, ele diz:
“Sem ignorar os 25% que ganham o Bolsa-Família e são tidos como empregados, nós temos a maior taxa de desemprego do mundo.”
Na opinião do deputado, a previsão de déficit orçamentário de R$ 30,5 bilhões foi a gota d’água para os empresários.
“Quem paga essa conta são os brasileiros. A classe empresarial
acordou. Está contra o PT e preocupadíssima com a equipe econômica do
PSDB que, neste momento, está lá com a estrela do PT no peito.”
Se depender de Bolsonaro, de fato, teremos muita diversão até 2018.
Eu já separei a pipoca.
Fonte: Felipe Moura Brasil
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