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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O que o Grupo Abril tem contra Evangélicos?

 Da Cia

A acelerada e aparentemente irreversível decadência petista nos tem permitido tratar com mais atenção outros problemas do país que vão além da criminalidade política, ideológica e filosófica que o marxismo local materializou com o PT.  É neste contexto além do político que deve-se perguntar agora: por que a imprensa brasileira despreza tanto os evangélicos? Para provar o tamanho deste problema destacarei aqui o grupo Abril, que publica a Veja, maior revista do país e tida por muitos como veículo mais “direitista”. 

Nem vou falar de outros grupos historicamente mais afeitos a teses esquerdistas – a esquerda tem na proibição e sufocamento da religião um de seus pilares práticos – ou das Organizações Globo, simpática ao catolicismo e ao espiritismo e que tem sua linha editorial influenciada pela concorrência com rádios e tvs evangélicas.

Esta hora também é apropriada devido ao inacreditável ataque destacado na capa de uma das mais relevantes revistas do portfólio do grupo Abril, a “SuperInteressante”. Vejam a montagem abaixo que traz a capa atual ladeada a uma outra matéria principal que tratou de religião.
SuperInteressanteContraEvangélicos

Não importa o conteúdo das reportagens contidas nessas edições pois poucos as lerão. Pesa muito mais o efeito das capas, da chamada. São as capas que vão para os anúncios, que entram como chamada no índex do acervo das revistas e é pelas capas que as edições serão lembradas.

O que temos nessas duas capas são duas afrontas para as pessoas normais A primeira tem o seu valor pois desafia o senso comum de pessoas normais num lugar em que quase ninguém segue o islã, em que o contato é mínimo com muçulmanos e que quase tudo que chega sobre a religião é a imagem representada pelos protagonistas de atos terroristas. Nesse contexto, apresentar o Alcorão é algo válido, interessante. Já a segunda não desafia o senso comum no sentido de iluminá-lo, mas pelo contrário, de distorcer a realidade. À exceção do ambiente de trabalho de jornalistas, especialmente os sem-vergonha como os que publicam uma reportagem dessas, os evangélicos estão por todas as partes e convivem pacificamente com todo tipo de brasileiro. É muito provável que, sem o saber, até mesmo estes jornalistas canalhas convivam com evangélicos pois há um grande número desses religiosos em profissões de baixa qualificação – assim como também há evangélicos bem sucedidos, esta “minoria” tem grande representatividade em todos os cortes populacionais. Quem faz uma reportagem dessas odeia evangélicos mas provavelmente serve-se deles na portaria do grupo Abril, nos serviços de copa e limpeza de seus ambientes de trabalho, no transporte e nas refeições.

Não é de hoje que a revista SuperInteressante vem, numa agenda nitidamente militante, pregando contra as religiões. O ataque aos evangélicos na capa da revista é apenas o ato final de covardes que, por vias irônicas e com pretensa superioridade, já o faziam contra cristãos em geral em reportagens nascidas para agradar quem vive neste universo paralelo que é a mente desse tipo de jornalista.

Numa época em que as edições impressas perdem a importância e rentabilidade, o grande objetivo desse tipo de gente parece ser agradar a si próprios e chamar atenção nas redes sociais. Na mesma medida em que a crise no jornalismo os distancia dos lucros, forçando demissões, também os relatos verídicos e honestos se esvaem, trazendo o descrédito geral. Neste caso específico recorrem a um expediente já conhecido: ataca-se algo, dizendo-se dele ser “violento” para que se  tome o revide e depois o revide seja usado como evidência de que o ataque inaugural era verdadeiro.

Mas este post trata do grupo Abril, não apenas da revista SuperInteressante, porque a prática é comum por ali. Parece haver instrução organizacional. Vejam por exemplo a publicação “Veja na sala de aula”, voltada a professores,como sugere abordagem da religião evangélica nas escolas:
AbrilContraEvangélicos_AbrilnaEscola
“Veja na sala de aula” e proposta para debater o tema das igrejas evangélicas no Brasil – Clique para ampliar
Uma busca no acervo da publicação não traz nenhuma outra citação ao “universo evangélico”. Alunos sob as instruções do método vendido pelo grupo Abril seriam então instruídos desta forma. A grosseria é tão absurda e “segmentada” que quem elaborou isto nem mesmo considera a possibilidade de algum estudante ser membro da Igreja de R.R. Soares e ter então seu professor ensinando que o líder de sua igreja se assemelha àqueles que inspiram ataques terroristas – esta publicação é de outubro de 2003, 2 anos após os ataques às torres gêmeas.

A revista VEJA também prima por sua caricaturização dos evangélicos, especialmente os políticos desta fé. Recentemente, em uma entrevista com o intuito de ridicularizar um deputado evangélico, a jornalista da publicação cometeu a ousadia de dizer que ele, como todos que combatem a nefasta “Ideologia de Gênero” no ensino fundamental, são contra a “promoção da tolerância com homossexuais”.
Jornalista de Veja interpreta a ideologia de gênero de forma absurda para condenar deputado-pastor
Jornalista de Veja interpreta a ideologia de gênero de forma absurda para condenar deputado-pastor

Na Veja, Lauro Jardim, que edita a coluna “Radar”, de notas curtas e por isso mais lida da revista, é quem mais ataca e caricaturiza os evangélicos. Ao se referir ao Pastor Feliciano, chegou a produzir o seguinte título para uma nota “Pastor, presidente das minorias e sedento deputado homofóbico indicado para assumir comissão do direito das minorias aparece em vídeo apelando para tirar dinheiro de fiéis”. O título, de tão absurdo, foi depois substituído.  Em outra nota, de 2013, Pastor Feliciano, um dos  deputados federais mais votados e conhecidos, foi chamado de inexpressivo. No mesmo mês de março de 2013, Feliciano foi chamado de homofóbico e desastrado. Como homofobia não foi ainda tipificada como crime, o jornalista pode chamar qualquer evangélico assim sem ter de provar a acusação. Num embate entre Samuel Malafaia e Freixo, usou as acusações de ambos da seguinte forma: Malafaia foi acusado pelo outro de homofóbico e retrucou chamando-o  de cristofóbico. O título saiu assim:
Aspas irônicas para o termo cristofobia validam a acusação de homofobia feita por Marcelo Freixo

Aspas irônicas para o termo cristofobia validam a cusação de homofobia feita por MarceloFreixo

Em suas notas políticas, Lauro tenta criar um antagonismo na ação política que colocaria em confronto os deputados evangélicos e os católicos, mostrando total desconhecimento da realidade da Câmara dos Deputados e da pauta dos deputados cristãos. Uma pesquisa no site “Radar On Line” por notas que contenham o termo evangélico retornará uma enorme quantidade de notas ridicularizando os deputados religiosos. Confrontar a deferência e respeito de Lauro Jardim com os ministros da Fazenda do PT ajuda a mostrar o caráter do jornalista: ele endeusava Antônio Palocci, que em breve será preso, e tem enorme respeito pelo incompetente e desprezível Joaquim Levy.

AbrilContraEvangélicos_ExcecaoExceção: Capa retrata um dos efeitos benéficos da conversão massiva

O acervo da revista apresenta raras matérias em que exista um mínimo de respeito ou mesmo menção ao efeito das igrejas evangélicas na vida das pessoas comnus. Num país com mais de 50 mil assassinatos por ano, com miséria pra todo lado, traficantes dominando bairros e se imiscuindo no poder público, as igrejas evangélicas são muitas vezes a única assistência que pessoas de boa índole têm para não ceder às tentações da vida farta no mundo do crime. Também não há nas páginas da editora Abril levantamentos ou retrato sobre o número de clínicas religiosas que recuperam a dignidade de milhares de drogados que, sem elas, ficariam anos nas filas do SUS à espera de vagas – tempo que muito provavelmente seria vencido por recaídas no consumo e prática de crimes.

Nem mesmo a crise de vendas e anúncios na revista fez com que mudassem essa política institucional de ridicularização dessa enorme fatia da população brasileira, o que na verdade depõe a favor da editora Abril: pior seria agradar por questões comerciais a quem se menospreza ou se considera, sei lá, inferior.

Quando grandes grupos de imprensa se apresentam assim descolados da vida de parte tão expressiva da população e, ainda pior, confrontando-a, só há um lado a perder. E por sorte, não é o povo.

Fonte: Reaçonaria

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