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domingo, 31 de janeiro de 2016

Fórum Social Comunista 2016

Bruno Braga
Notas publicadas no Facebook sobre o Fórum Social Temático - evento que é parte do Fórum Social Mundial -, realizado em Porto Alegre (RS) entre os dias 19 e 23 de janeiro de 2016.


I. 

Começou o "Fórum Social Temático". O evento comemora os 15 anos do Fórum Social Mundial (FSM) em Porto Alegre (RS), onde aconteceu o seu primeiro encontro, e é uma preparação para a próxima edição do próprio Fórum Social Mundial, que será realizado em agosto, no Canadá. 

O FSM apresenta-se como um "contraponto" ao Fórum Econômico Mundial. Mero disfarce. É um produto do Foro de São Paulo, e tem o mesmo propósito: transformar a América Latina na "Patria Grande" comunista.

As atividades do Fórum Social Mundial vão até o dia 23. O evento comunista tem a participação do Governo Federal e é patrocinado com dinheiro público, pela Petrobrás e pela "Patria Educadora" proclamada por Dilma Rousseff - Presidente petista e títere do Foro de São Paulo (Cf. imagem - e programação: [http://forumsocialportoalegre.org.br/files/2016/01/PROGRAMACAO-VERSAO-DIA-18-JAN-2016-23H.pdf]) [1].


(*) Foto. Comunistas na marcha que deu início ao Forum Social Temático. 19 de Janeiro de 2016.

II.

"Patria Grande" comunista: Fórum Social Mundial e Teologia da Libertação.


Nas duas últimas notas publicadas aqui, tratei do Fórum Social Mundial e da Teologia da Libertação [2]. É importante destacar um elo que foi estabelecido entre os dois. O Fórum Social tornou-se referência para a realização do Fórum Mundial de Teologia da Libertação. Quem conta é Leonardo, ou melhor, Genézio Boff, um dos principais "apóstolos" daquele simulacro de teologia criado para distorcer a fé e enganar os católicos, para instrumentalizar a Igreja na promoção do projeto de poder comuno-petista: 
[...] "Nos anos 70 se organizaram os primeiros Fóruns Mundiais de Teologia da Libertação" [...] "Com o surgimento dos Fóruns Sociais Mundiais a partir de 2001 encontrou-se o espaço público para a continuação destes encontros globais" (Cf. imagem).

A declaração está em um artigo que foi transcrito pelo deputado federal Chico Alencar, do PSOL - partido socialista da linha auxiliar do PT - na Câmara dos Deputados (Cf. imagem) [3].

Não é preciso ser muito perspicaz para reconhecer que o Fórum Social Mundial - enquanto braço do Foro de São Paulo - e a Teologia da Libertação convergem para uma mesma linha de ação: construir a "Patria Grande" comunista na América Latina.

III.

Tico bandido.

O Fórum Social Temático - parte do Fórum Social Mundial - está sendo realizado em Porto Alegre (RS). Ontem, 20 de novembro, em uma de suas tendas, Tico Santa Cruz denunciou: "a onda conservadora está associando a esquerda à criminalidade" [4].

Muito bem. Associação com grupos guerrilheiros, narco-terroristas e com o crime organizado. Assalto dos cofres públicos e aparelhamento das instituições para estabelecer e alimentar o projeto de poder totalitário comunista. Defesa da legalização das drogas e apologia delas por meio de um alucinado ideal de "liberdade" - estímulo do consumo e, consequentemente, movimentação do tráfico. Reivindicação de um suposto "direito" de assassinar crianças inocentes no ventre de suas mães - aborto. Doutrinação comunista nas escolas e a sexualização de crianças com a ideologia de gênero gayzista. Romantização do banditismo e vitimização dos criminosos. Promoção de protestos públicos que incluem atos de vandalismo, depredação do patrimônio público e privado - com a participação de uma tropa de mascarados e de Black Blocs. Enfim, basta.

Não é uma "associação" da "onda conservadora" (e sabe-se lá o que isso significa). É uma constatação: o crime faz parte da natureza da esquerda - da esquerda, não em abstrato, mas dos próprios agentes que assim se identificam - e é um dos seus meios de ação. O vocalista da banda Detonautas nega um fato. Mas, na medida em que, não só apóia, mas se associa a grupos que integram a própria organização criminosa, e que trabalham para o projeto de poder comunista, Tico Santa Cruz torna-se ele mesmo um "bandido" - ou por compromisso efetivo ou como um verdadeiro "idiota útil". 

IV.

Pastoral da Juventude (PJ) de Vicariato de Canoas (RS) - vinculada à CNBB - marca presença no Fórum Social Temático 2016, realizado em Porto Alegre. O evento é parte do Fórum Social Mundial, uma criação do Foro de São Paulo - organização fundada por Lula e por Fidel Castro para transformar a América Latina na "Patria Grande" comunista. 

Na imagem abaixo, os "pejoteiros" participam da marcha de abertura do Fórum, que aconteceu no dia 19 de janeiro. Marcham por "um mundo melhor" - um mundo comunista, contrário a todos os princípios e orientações da Igreja Católica.


V. 

O Fórum Social Mundial e a seita comuno-ecumenista.


O Fórum Social Temático - que terminou no último sábado, 23 de janeiro - contou com um ato pela "paz" e pela "tolerância religiosa". Um ritual dito "ecumênico", realizado no dia 19 de janeiro, com representantes religiosos na Assembléia Legislativa de Porto Alegre (RS). O "Grupo de Diálogo Inter-religioso" da capital gaúcha participou da "celebração", fazendo presente ali o "representante" da Igreja Católica, o padre Luis Carlos de Almeida (Cf. imagem).


Não custa repetir: o Fórum Social Temático é parte do Fórum Social Mundial, uma criação do Foro de São Paulo - organização fundada por Lula e por Fidel Castro para transformar a América Latina na "Patria Grande" comunista. Sendo assim, o padre Luis Carlos participou - não de um ato pela "paz" e pela "tolerância religiosa" - mas de uma seita comuno-ecumenista comprometida com um projeto de poder, com uma engenharia social e comportamental que contrariam integralmente os princípios e orientações da Igreja Católica. A prova encarnada disso estava ao lado do padre, na mesa do ritual: Mauri Cruz, representante da ABONG (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais) [5] - uma associação que está empenhada na legalização do aborto, do assassinato de crianças inocentes [6].

VI.

Juventude petista grita por um mundo socialista.


Vídeo gravado no dia 19 de janeiro, durante a marcha que determinou o início do Fórum Social Temático. O evento, realizado em Porto Alegre (RS), é parte do Fórum Social Mundial, uma criação do Foro de São Paulo - organização fundada por Lula e por Fidel Castro para transformar a América Latina na "Patria Grande" comunista.

***

Juventude do PT marcha "por um mundo socialista".


Imagem registrada durante a marcha inaugural do Fórum Social Temático (19 de janeiro). O evento, realizado em Porto Alegre (RS), é parte do Fórum Social Mundial, uma criação do Foro de São Paulo - organização fundada por Lula e por Fidel Castro para transformar a América Latina na "Patria Grande" comunista.

VII.

Um Ministro no meio da militância comunista.


Na imagem abaixo, Miguel Rossetto aparece na marcha que, no dia 19 de janeiro, abriu o Fórum Social Temático. O evento, realizado em Porto Alegre (RS), é parte do Fórum Social Mundial, uma criação do Foro de São Paulo - organização fundada por Lula e por Fidel Castro para transformar a América Latina na imensa "Patria Grande" comunista.


Mas, Rossetto não é Ministro do Trabalho? O que um Ministro de Estado fazia em um evento de militância comunista? 

Bom, primeiro: trata-se de um Ministro, sim, mas não de um simples governo, como qualquer outro; é um governo comuno-petista, para o qual vale tudo pelo poder. Depois, a pessoa em destaque é o senhor Rossetto. Para os que não conhecem o histórico de atividades ministeriais do petista, ligado à ala trotskista do PT: 

Rossetto foi Ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Lula. Em 2004, ele participou das comemorações dos 20 anos do MST - grupo de guerrilha rural do PT e do Foro de São Paulo. Discursou e viu crianças cantarem o hino da Internacional Socialista com os punhos cerrados. Em 2005, na mesma pasta, Rossetto esteve na fundação da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) - a escola de formação de militantes dos sem terra - e da Escola Latino-americana de Agroecologia - que também é uma iniciativa do MST [7].

Em 2014, no Ministério do Desenvolvimento Agrário, mas agora no governo da Presidente Dilma Rousseff, Rossetto foi questionado na Câmara dos Deputados sobre um acordo entre o MST e o regime bolivariano da Venezuela, que se comprometia com a doutrinação comunista dos sem terra e com o treinamento deles em técnicas de guerrilha [8]. Ele teve a cara de pau de jurar - do alto de sua posição de Ministro e de militante - que desconhecia o "pacto" criminoso.

Portanto, sendo quem é, o governo para o qual trabalha e o evento que prestigia, não é surpresa que o senhor Rossetto marche - junto com o MST - no Fórum Social Temático. Ele luta por um "mundo novo", pelo totalitarismo comuno-petista. 


REFERÊNCIAS.






[6]. Cf. "'Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil' para legalizar o ASSASSINATO DE CRIANÇAS" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/08/marco-regulatorio-das-organizacoes-da.html].


[8]. Cf. Idem. Ler também: "O Foro de São Paulo, o MST e a revolução "comuno-bolivariana" no Brasil. Fraudes, suicídios, recrutamento de jovens e crianças, e eleições presidenciais" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/12/o-foro-de-sao-paulo-o-mst-e-revolucao.html]; "MST - acordo bolivariano, doutrinação e guerrilha" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/11/mst-acordo-bolivariano-doutrinacao-e.html]; "A Escola do MST, o acordo bolivariano e o treinamento dos sem-terra" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/11/a-escola-do-mst-o-acordo-bolivariano-e.html].


ARTIGOS RECOMENDADOS.

BRAGA, Bruno. "A 'prestação de contas' do ex-Secretário do Foro de São Paulo" [http://b-braga.blogspot.com.br/2015/05/a-prestacao-de-contas-do-ex-secretario.html].

KINCAID, Cliff. "Grupo católico revela influência vermelha no Vaticano" [http://b-braga.blogspot.com.br/2015/06/grupo-catolico-revela-influencia.html].

Fonte: Bruno Braga

sábado, 30 de janeiro de 2016

Cristãos brasileiros - não se conformem com a corrupção e a injustiça!

"Mulher-gato": por que tantas pessoas querem virar ANIMAIS???

A Malandragem Populista

Carlos Alberto Da Cás

Schopenhauer em seu livro "Como vencer um debate sem precisar ter razão" fala sobre erística: o estudo sobre a arte de discussão contenciosa, com o uso de instrumentos de dialética. Essa malandragem filosófica deixa de lado as regras de ordem ética, prejudicando a isenção ou o debate confiável.

A lógica pressupõe o domínio de dados. A dialética tenta cobrir a sua falta. Isso pode resultar resíduos impuros. Hegel pretensamente sobrepôs a lógica do estado sobre a individualidade, inspirando outros pensadores, como Marx, Freud, Kafka e Gramsci a promoveram as suas utopias sociais, que ao final causaram mais inquietações e desordens na sociedade.

Diante dos fracassos históricos e da evolução da sociedade, na tentativa de ainda tentar a hegemonia da dialética ideológica socialista, a esquerda rançosa resgata Gramsci com sua revolução sutil e abuso da manipulação sofística. Aí aparece, como essencial vacina contra esse mal, o conhecimento da erística. Assim, é possível identificar onde a esperteza suplanta a verdade, ou quando o véu ideológico turva a razão.

O Lula com suas marolinhas é mestre, tal qual era seu camarada Chávez. Em síntese, o líder populista ou ideológico normalmente não escuta, ataca ou inventa adversário a qualquer preço, aproveita pontos fracos, desvia do assunto e se considera dono da verdade.

Essas traquinagens verborrágicas não se limitam à política, inspiraram autores da sátira tupiniquim como Nelson Rodrigues, com seus emocionados escrachos sociais. Assim, usou e abusou dessas espertas sutilezas, tais como:

O amoroso é sincero até quando mente .(3)
O dinheiro compra até o amor verdadeiro.(2)
Nem todas mulheres gostam de apanhar, só as normais.(1)
Amar é ser fiel a quem nos trai. (3)
Só o cinismo redime um casamento..(3)
O brasileiro, quando não é canalha na véspera, é canalha no dia seguinte.(1)

Princípios erísticos aplicados nas frases:
(1) generalização;
(2) mudança de modo: afirmação relativa é tomada como absoluta;
(3) uso intencional de premissa falsa.

Entretanto, essa faceta não desmerece a obra desse ícone da nossa dramaturgia. A despeito de ter declarado defensor dos valores morais tradicionais, sofreu a amarga experiência de viver num prostíbulo na sua adolescência.

Essa sombra projetou-se em sua obra pela exploração "pornográfica" de temas tabus como sexo, incesto e adultério, muitas vezes beirando os limites da crítica social. Talvez a sua mais pura intenção fosse provocar o debate sobre temas que inquietavam a sociedade brasileira.

Tudo bem diferente da intenção de líderes de barros que hoje poluem a valente América Latina com suas malandragens populistas para enganarem os seus povos.

Carlos Alberto Da Cás, General, Doutor em Aplicações, Planejamento e Estudos Militares e MBA Executivo da FGV.

Fonte: Alerta Total

Desmorona o castelo de Lula

A revista Isto é que chega às bancas neste sábado traz uma alentada reportagem sobre o rumoroso caso do já famoso triplex do edifício Solaris, localizado em área nobre do Guarujá, que coloca Lula no olho do furacão das investigações da Operação Lava Jato. Documentos obtidos por ISTOÉ colocam em xeque versões apresentadas pelo ex-presidente sobre o tríplex no Guarujá, que entrou na mira da Lava Jato por suspeitas de camuflar pagamento de propina.

Transcrevo a parte inicial da extensa reportagem da revista IstoÉ com link ao final para leitura completa. Leiam:

Na sexta-feira 29, o Ministério Público de São Paulo intimou para prestar depoimento o ex-presidente Lula, sua mulher Marisa Letícia e o ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro. Lula será ouvido em 17 de fevereiro como investigado, sob a suspeita de ter praticado crimes de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro.

Frente a frente com os promotores, a família do ex-presidente e o empreiteiro terão de apresentar justificativas mais plausíveis do que aquelas já expostas até agora a respeito do tríplex localizado no condomínio Solaris, no Guarujá, e reformado pela OAS, que na semana passada transformou-se em alvo da mais recente fase da Operação Lava Jato. As suspeitas, segundo os procuradores, recaem sobre o uso dos apartamentos do Solaris, entre eles o de Lula, para “repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras.” Em outras palavras, pagamento de suborno do Petrolão.
MARÉ DE MISTÉRIOS
ISTOÉ teve acesso a três documentos que comprometem as versões exibidas por Lula, desde que o caso veio à tona. No ano passado, quando surgiram as primeiras denúncias de que a empreiteira OAS, envolvida nas falcatruas da Petrobras, desembolsou mais de R$ 700 mil na reforma do apartamento no litoral paulista, o Instituto Lula se esmera em negar com veemência que o ex-presidente ou a ex-primeira-dama Marisa Letícia sejam donos do imóvel. Eles seriam, segundo insistem em afirmar, apenas cooperados de uma cota da quebrada Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, já comandada por dirigentes petistas, como João Vaccari Neto e Ricardo Berzoini, hoje ministro de Dilma, que deixou mais de três mil famílias sem ver a cor de seus imóveis e do dinheiro aplicado por eles movidos pelo sonho da casa própria. O discurso do principal líder petista persistiu até semana passada, apesar de toda a sorte de depoimentos que confirmaram a presença rotineira de integrantes da família Lula durante as obras responsáveis por mudar (para melhor) a configuração do tríplex. Os documentos que ISTOÉ apresenta agora revelam que Lula jamais abriu mão do imóvel. Há sete anos, a família Lula deveria ter exercido o direito, caso tivesse interesse, de se desfazer da cobertura de frente para a praia e receber a restituição em dinheiro do que havia desembolsado até ali. Mas não o fez. Na época, um acordo foi selado, transferindo o empreendimento atrasado e inacabado da Bancoop para a OAS. 
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
Ratificado na assembleia dos proprietários em 27 de outubro de 2009 e subscrito pelo ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o “Termo de Acordo para Finalização do Residencial”, de 14 páginas, é taxativo. Diz que os investidores do inacabado Residencial Mar Cantábrico, renomeado tempos depois para Solaris, tinham dez dias a contar daquela reunião para se desligarem da Bancoop. Precisavam, afirma a cláusula 8.1 do capítulo VIII, também optar entre duas opções em até 30 dias. A primeira, afirma o capítulo X, receber os valores em espécie com multa. A outra consistia em manifestar o desejo de ficar com o imóvel e custear novas despesas para sua finalização. Os valores já pagos, então, iriam ser transformados em uma carta de crédito pela OAS que deveria ser “usada com exclusividade como parte de pagamento para a aquisição de unidade do empreendimento”. Evidente que aquela era uma oportunidade para que os até então aspirantes a adquirir o imóvel desistissem dele, caso tivessem vontade. Mais do isso. As cláusulas 8.2, 8.3 e 8.4 afirmam que “os cooperados que não atenderem ao disposto item 8.1 infringirão deliberação da Assembleia” e “serão penalizados” com a “sua eliminação da Bancoop”.  Não foi uma mera ameaça.

Segundo apurou ISTOÉ junto a cooperados da empresa, quem descumpriu esses itens acabou acionado na Justiça. Por isso torna-se completamente inverossímil a nota divulgada pelo Instituto que leva o nome do ex-presidente, quando sugere que a família Lula poderia decidir, em 2015, entre ficar ou não com o apartamento. Se porventura isso acontecer, sobretudo depois da eclosão do escândalo, ficará configurado mais um favorecimento da empreiteira OAS, implicada no Petrolão, ao petista e seus familiares. Clique
AQUI para ler a reportagem na íntegra


Fonte: Aluízio Amorim

Microcefalia como sentença de morte, segundo Débora Diniz

George Mazza Matos

O ser que mais sofre com o aborto é o próprio feto assassinado, sem qualquer meio de defesa, embora se saiba que a mulher que aborta sofre dores físicas e psíquicas profundas.
O direito constitucional à "saúde", nos moldes referidos pela antropóloga, é um direito à "saúde" apenas da mãe. E é uma sentença de morte para o bebê.

Os que acompanham, participam ou são vinculados a grupos de pesquisa e instituições pró-vida já vêm discutindo há algum tempo que toda a estratégia abortista iniciada em meados dos anos 60, fim dos anos 70, é desenvolvida de modo incansável para alargar e ampliar as possibilidades do aborto, principalmente em países que ainda o proíbem ou limitam os casos legalmente. O trabalho é tão fortemente direcionado para a via legislativa quanto se aperfeiçoa pela via social/judicial. Neste último caso, mesmo que adormecidos após novas conquistas, os movimentos pró-aborto esforçam-se para alagar a quantidade de categorias que devem ser legalizadas.
A última "grande" conquista dos movimentos CONTRA A VIDA, a favor da morte, foi a permissividade da realização do aborto em casos de fetos anencéfalos, nos idos de 2012. De lá pra cá, o casulo do movimento pró-aborto permaneceu em seus movimentos, mas sem desabrochar mais visivelmente à sociedade em geral ou trazendo discussão ao cenário político-judicial de maior envergadura. Os movimentos pró-vida sempre permaneceram atentos pois, qualquer nova oportunidade que surgisse, os pró-aborto reapareceriam implantando a dúvida na sociedade, buscando a ampliação dos casos possíveis para cometimento do aborto, prática usual destes movimentos, muito bem subsidiada por poderosas instituições internacionais.
Sem nenhuma surpresa para os pró-vida, matéria publicada nesta data no jornal Folha de São Paulo [1] e intitulada "Grupo prepara ação no STF por aborto em casos de microcefalia" cristaliza o quem vem se afirmando neste texto: os movimentos pró-aborto irão pleitear na Corte Suprema do Judiciário Brasileiro (STF) a legalização jurisprudencial do aborto para casos de fetos microcefálicos, decorrentes da contaminação da mãe/feto pelo vírus Zika, transmitido pelo mosquito aedes aegypti. Entretanto, os argumentos utilizados pela Sra. Débora Diniz, entrevistada na reportagem, para sustentar tal legalização, são estritamente falaciosos, covardes, inverídicos, desumanos.
O primeiro e mais covarde argumento utilizado por Débora é que hoje há uma epidemia do vírus Zika e que, por si só, "isso torna a necessidade de providências mais urgentes". Era de se esperar de uma antropóloga, que estuda em profundidade o humano, que busca conhecê-lo, atitude e discurso de modo a tentar salvaguardá-lo da extinção. Isto posto, as "providências urgentes" deveriam ser a ampliação do combate mais efetivo ao mosquito transmissor, a busca por uma vacina reparadora, a conscientização social generalizada, o direcionamento prioritário de recursos para estas ações e, em ultima ratio, quando não haja qualquer outra possibilidade de proteção para o feto, fornecer o adequado tratamento e todo o suporte para os acometidos pela doença, principalmente nascituro e mãe. Mas não! A proposição da "antropóloga" é matar um ser indefeso, pelo único motivo deste nascer com deficiência no tamanho natural do cérebro, embora existam relatos diversos de fetos microcéfalos que se desenvolveram com capacidade corporal plena [2] [3] [4]. A própria Sra. Débora confirma: "sabemos que a microcefalia típica é mal incurável, irreversível, mas o bebê sobrevive". Mesmo confirmando, indiretamente, que a legalização de aborto para o caso de fetos microcéfalos assemelhar-se-á à prática de homicídio, a Sra. Débora ainda sustenta tal argumento.
Prossegue a antropóloga declarando absurdamente que, como o Estado Brasileiro não foi capaz de conter o surto epidêmico de Zika, as mulheres brasileiras não podem ser "penalizadas pelas consequências de políticas públicas falhas", donde se "legitima" a possibilidade de aborto, já que estas mulheres não podem ser privadas do "direito de escolher sobre a própria vida". Quanta incoerência! O ser que mais sofre com o aborto é o próprio feto assassinado, sem qualquer meio de defesa, embora se saiba que mulher que aborta sofre dores físicas e psíquicas profundas. Obviamente, a mãe deve receber todo o suporte quando diagnosticado a contaminação por Zika, mas se pleitear o aborto como "direito da mulher de escolher sobre a própria vida"? Que direito há um ser sobre o corpo do outro? Há duas vidas em análise: a mãe e o feto. Não há qualquer direito da mulher sobre o corpo que dentro dela cresce e amadurece, que é o feto! Um absurdo!
Ainda prossegue a dita antropóloga afirmando que a legalização do aborto em casos de fetos microcéfalos é primordial para suportar um direito constitucional à saúde das mulheres. O direito constitucional à saúde identificado pela antropóloga, contrariamente ao que ela propõe, deve ser analisado na perspectiva de dar, aos dois personagens principais e objetos da gravidez, quais sejam, mãe e filho(s) e/ou filha(s), saúde plena para que um proceda com a gravidez até seu término natural, que é dar à luz; ao outro, que este, mesmo acometido da microcefalia, nasça com o máximo de saúde possível, para que tenha uma vida com menores restrições. O direito constitucional à "saúde", nos moldes referidos pela antropóloga, é um direito à "saúde" apenas da mãe. E é uma sentença de morte para o bebê. Não há saúde onde há morte, pois aquela é inerente à vida.
Notem que, novamente, a dita antropóloga sequer se refere ao feto que será assassinado. Para além, continua enfatizando que para esses casos, não é justo que as mães que têm recursos financeiros apropriados consigam abortar seus fetos microcéfalos em clínicas ilegais e que, do outro lado da pirâmide social, mulheres pobres não tenham o direito, já que "autorizar o aborto não é levar as mulheres à fazê-lo". Seguindo a linha do atual Governo, a antropóloga considera imbecilizados imensa parcela da sociedade brasileira ao afirmar tamanha atrocidade verbal. É óbvio que se o Estado autorizar este tipo de aborto, os movimentos CONTRA A VIDA serão os primeiros a direcionar mães de fetos microcéfalos a clínicas de aborto ilegais. A ideia dos movimentos pró-aborto é a redução dos nascimentos, secundando a importância social da mulher.
Camufladas em inócuas cobranças de ações governamentais de forma a ampliar "ações de vigilância sanitária para erradicar definitivamente o mosquito e ações que garantam a inclusão social de crianças com deficiência ou má-formação por conta da doença", o movimento pró-aborto, na realidade, almeja implantar "políticas públicas de direitos sexuais e reprodutivos para as mulheres", dentre eles, o aborto.
Temos nossas dúvidas se as assertivas ministeriais de que "estamos perdendo a guerra contra o mosquito" já não seja o passo inicial para, ante a inépcia e inefetividade do Estado, resolver-se o problema de fetos microcefálicos abortando-os. É o uso, em alto grau, do utilitarismo hegeliano de que, em outros termos, para combater a microcefalia matam-se os fetos que dela se acometem, ao invés de extinguir essa possibilidade e apenas centrar esforços para aniquilar o mosquito transmissor.
Essa mesma teoria utilitarista será o embasamento teórico para, em breve, assistirmos a pedidos de legalização de aborto em casos de fetos com Síndrome de Down, ou os desprovidos de um ou mais membros, ou os desprovidos de órgãos não vitais, tudo em prol de uma processo mais amplo de fortalecimento do novo paradigma da "saúde reprodutiva" das mulheres.
Mas para Débora Diniz, a microcefalia é a sentença de morte para mais de 3.400 fetos!
George Mazza Matos é mestre em Direito e editor do site Crítica Política Brasil.

Fonte: Mídia Sem Máscara

Fascistas não passarão?

Mateus Colombo Mendes
O que é o fascismo, afinal? Trata-se de uma doutrina que prega a concentração do poder político na mão de um partido ou de uma aliança – exatamente como todos os grupos de esquerda fizeram ou tentaram fazer na História.
Uma das principais estratégias do revolucionário padrão está resumida na máxima atribuída ao ditador socialista Vladimir Lenin: “Xingue-os do que você é, acuse-os do que vocês faz.” Exemplo cruel – para nós, brasileiros – é o outrora autoproclamado “partido da ética” liderando esquemas de corrupção que fazem seus antecessores parecerem ladrões de galinhas. Mas, é claro, sem perder a pose de paladino da justiça.
Na tarde de 26 de janeiro de 2016, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, tivemos mais uma prova disso. A audiência pública, convocada por deputados estaduais, com a presença do congressista Jair Bolsonaro e de intelectuais de respeito como Percival Puggina, foi interrompida por gritos de guerra de duas dúzias de pessoas identificadas com partidos e grupos de esquerda (UJS [braço infanto-juvenil do PCdoB], PSOL, UNE, UBES et caterva). Na sessão, aberta à assistência e participação de quem o quisesse, bradavam sem parar: “Fascistas não passarão!”
Pois, quem são os fascistas, o que é o fascismo, afinal? Trata-se de uma doutrina que prega a concentração do poder político na mão de um partido ou de uma aliança – exatamente como todos os grupos de esquerda fizeram ou tentaram fazer na História; algo como o que se tentou fazer aqui, através da corrupção, com o Mensalão. O fascismo pressupõe a concentração do poder econômico nas mãos de poucos megaempresários, em conluio com o governo – algo como o que ocorreu no Petrolão. O fascismo exige o controle estatal da vida privada – impossível não lembrar da lei federal que pretende regular como os pais devem educar seus filhos, ou do Marco Civil da Internet.
O fascismo é contrário às ideias de liberdade econômica, civil e individual, defendidas ontem no evento no parlamento gaúcho. Através de suas massas de manobra, usa de força e truculência para silenciar seus adversários. Na Itália ou no Brasil, ontem e hoje, o fascista não dialoga; mete o pé na porta e impossibilita qualquer ação que lhe desagrade. Foi precisamente isso que fizeram os militantes profissionais que ontem interromperam o debate, recusaram-se a dialogar e provocaram a plateia à exaustão. Na boca, gritos ensaiados e agressivos; no bolso, as palavras de Lenin.
Publicado no jornal Zero Hora.

Programa: Cristo, Esperança Nossa! - O HOMEM PRUDENTE E O INSENSATO

A elite do mal

Eguinaldo Hélio Souza

A ditadura do proletariado sempre foi uma ditadura no sentido mais cruel da palavra, mas nunca foi do proletariado.

Não há nada tão ruim que não possa ser pior. E a maior prova histórica desse fato nós encontraremos nos países que aplicaram na política as ideias de Marx. Quanto maior a aplicação, maior o sofrimento e a desgraça. Eles foram especialistas em demolir purgatórios para construir infernos. Quando não transformaram verdadeiros paraísos em geenas incandescentes.
Tudo começa com a crítica. Desde o Éden que tudo começa com a crítica, sutil ou aberta. Depois vem a promessa de algo melhor. Depois a propaganda em cima de umas poucas melhorias que fizeram. Não importa se foi só um enxerto, uma plástica que melhorou o rosto retirando da perna um naco de carne considerável. Ninguém tão cedo vai reparar na perna, mas o rosto servirá de argumento. Até que a perna infeccione e tenha que ser amputada. E até que o próprio rosto tenha de pagar seu preço. Aí já é tarde demais. O poder está nas mãos deles. Então, não apenas com o suor do seu rosto você comerá do seu pão. Eles comerão o pão deles com muito, mas muito suor do seu rosto e a você deixarão as migalhas. A não ser que já tenha se tornado um deles.
O czarismo na Rússia não era o céu, mas com certeza o comunismo fez da Rússia o inferno. A China não era um hotel cinco estrelas quando Mao assumiu o poder. E ele a transformou em uma grande masmorra. A próspera Coreia do Norte virou campo de concentração. Cuba é a senzala dos irmãos Castros, reinando em sua Casa Grande. Não há espaço e nem tempo, mas basta conhecer um pouco da história do Vietnam, do Camboja, da Albânia e do Leste Europeu para começar a desfrutar de uma saudável “marxismofobia”. Esta doença pode salvar a humanidade!
Sua primeira crítica é contra as elites. Na verdade o problema dos marxistas não é a existência de uma elite. O que os incomoda é que os membros dessa elite não são eles. O que os incomoda não é a pobreza em si. É a pobreza deles mesmos. Como podem eles, os conhecedores das leis da história não desfrutarem do poder absoluto? Eles já decifraram o enigma da existência, sabem onde está o paraíso futuro. Basta lhes dar poder e eles guiarão o mundo na direção certa.

Uma coisa se aprende na vida: muitas vezes, como Absalão, filho do rei Davi, o crítico apenas almeja o lugar do criticado. Não é o bem da sociedade o alvo final do marxista. É o seu próprio bem. A esquerda caviar [1]que o diga.

Eles querem ser a elite e a criticarão até tomar seu lugar. Claro que há sempre fatos ruins sobre o governo, a liderança, a elite. Sempre há. Lembre-se apenas que não há governo tão ruim que não possa ser pior. Já tivemos na história muitas Revoluções dos Bichos [2] para provar isso! Se não quer parábolas, conheça oRegime do Terror, fruto inevitável da Revolução Francesa.

Eis uma descrição exata da técnica de domínio comunista. Assim foi e assim tem sido:

“A técnica comunista de se insinuar numa sociedade consiste em isolar um segmento das classes média e baixa, geralmente a classe média baixa e a classe baixa alta. Nesse segmento é comum haver um pequeno grupo de intelectuais frustrados de classe média, os quais podem ter sido impedidos em suas tentativas de ascensão social ou representar a minoria incapaz. Esses intelectuais se unem aos elementos da classe baixa, estes bastante sofridos nos aspectos econômicos, social e político, e assumem a liderança da revolução. A ex-classe alta tem de ser então liquidada, ou por meio do confisco, a fim de destruir seu poder econômico, ou pela destruição física, ou pela lavagem cerebral.

Tendo assumido a liderança, a nova classe alta, composta pelos membros do partido por determinados técnicos, estabelece então uma pesada barreira entre ela e a classe média. A liderança não é recrutada na classe média (...); as decisões e controle da comunicação continuam sendo exercidos por uma elite (...).

Por exemplo, na Alemanha Oriental, durante os últimos anos, os alunos mais brilhantes, filhos de profissionais da classe média, eram discriminados na obtenção de oportunidades para progredir nos estudos, enquanto os filhos menos inteligentes dos operários recebiam tratamento preferencial. As pessoas selecionadas de acordo com esse sistema e que, por serem membros do partido pularam da condição de classe baixa para a mais elevada possível, naturalmente devem tudo o que possuem ao partido, não a realizações ou antecedentes pessoais. Por isso, são muito mais obedientes ao partido do que seria de esperar, pois a expulsão do partido significa não um movimento mais ou menos horizontal, como em nossa sociedade, mas uma dura perda de privilégios e posição social.”
[3]

Temos que relembrar Alan Besançon. Nunca é o proletariado (a classe baixa) que exerce o poder. A ditadura do proletariado sempre foi uma ditadura no sentido mais cruel da palavra, mas nunca foi do proletariado. O poder é exercido pela seita ideológica que fala em nome do proletariado sem lhes dar chances de ser ouvido: a elite do mal.

Não devemos estranhar que na Bíblia a história humana comece com a serpente criticando as determinações divinas, prometendo algo melhor em seguida, e no fim temos o desastre apocalíptico, com um governo totalitário exigindo para si obediência absoluta sob pena de morte.

Nem toda crítica é construtiva. Principalmente quando sua intenção não é corrigir o erro e sim se apossar do poder para tentar criar um mundo à imagem e semelhança de uma ideologia demente, que tantas desgraças já fez.

Notas:

[1] Expressão de origem francesa que descreve a hipocrisia socialista que prega a igualdade e distribuição de riquezas, mas vive no luxo e na ostentação.
[2] Referência ao clássico Revolução dos Bichos, de George Orwell, onde os animais expulsam os donos da fazenda sob a liderança dos porcos, para em seguida ver os porcos estabelecerem um governo muito mais tirânico.
[3] NIDA Eugene A. Comunicação e estrutura social. Artigo publicado na obra Perspectivas, editora Vida Nova, 2011, p. 456.
 Eguinaldo Hélio Souza é pastor, professor e conferencista.

Fonte: Mídia Sem Máscara

Impeachment, democracia e Estado de Direito

Percival Puggina

Golpe é usar o que pertence ao Estado para subornar votos no Congresso, como vem fazendo o governo de modo a evitar que o impeachment prospere.

Quem atenta contra a democracia é o governo quando insiste em ancorar-se no poder, enterrando o futuro do país contra a vontade nacional.


Se o que se quer, na política, é promover o bem comum, as divergências terão como foco principal o conceito de bem comum, seu conteúdo e o modo de produzi-lo em cada momento histórico. No entanto, se o objetivo é apenas alcançar o poder, ou mantê-lo, então a honestidade intelectual se torna um transtorno e o senso moral deve ser apartado, assim como se retira o incômodo ferrão em picada de marimbondo. Sob tais padrões, a estratégia, a propaganda e a arte do convencimento são concebidas e mobilizadas apenas pelo desejo de convencer e vencer, aferindo-se a qualidade dos meios pela eficácia em relação aos fins desejados e não por sua relação com a verdade e o bem.
Digo isso porque a defesa do governo na questão do impeachment tem-se valido de todos os meios possíveis de enganação. Não estou recusando aos governistas o direito de escudar o governo. O que estou afirmando é que quase todos os seus argumentos, a partir do mais constantemente repetido, são concebidos para iludir. Repetem, insistentemente, que: 1) o impeachment fere a democracia; 2) impeachment é golpe. Ora, não é possível que experientes jornalistas e doutos congressistas dardejem fogo dos olhos em frêmitos de indignação afirmando que impeachment fere a democracia. A democracia, a soberania popular, senhores, é ferida quando quem governa só tem apoio de 10% da população!
Talvez se inquiete o leitor: "Nesse caso, todo governo que perde o apoio da maioria da população deveria cair?". A resposta a essa pergunta é afirmativa em praticamente todos os países parlamentaristas (cerca de 95% das democracias estáveis). No presidencialismo, eu afirmo, sem pestanejar: nas atuais condições, um governo de democratas deveria renunciar. E mais, há algo muito errado num sistema político em que governos rejeitados são mantidos por força da Constituição.
O que sustenta esse governo no poder, então, não é a "democracia", obviamente, mas a regra do jogo político, o Estado de Direito como o temos. Há em nossa Constituição uma norma que determina em quais situações e mediante quais procedimentos, quem preside a república pode ser afastado do cargo. E a perda da aceitação social não está entre elas.
Entendido isso, fica mais fácil compreender o quanto é falso chamar de golpe o pedido de impeachment da presidente Dilma. Essa demanda nacional, nascida nas ruas, sem partido nem patrocínio, sem tanques nem canhões, deu causa a três dezenas de requerimentos, Brasil afora. Como o processo de impeachment é jurídico e político, as motivações políticas dispensam apresentação. Estão nas vozes das ruas. As motivações jurídicas, por seu turno, foram avalizadas unanimemente pelo TCU e são de perfeito conhecimento público.
Golpe, portanto, de um lado, é usar o que pertence ao Estado para subornar votos no Congresso, como vem fazendo o governo de modo a evitar que o impeachment prospere. E, de outro, é golpe fazer do STF, com o mesmo fim, um puxadinho do partido governista.
Em resumo: quem atenta contra a democracia é o governo quando insiste em ancorar-se no poder, enterrando o futuro do país contra a vontade nacional; e é ele quem novamente golpeia as instituições quando se defende com os meios que para tanto vem empregando.