O
jornal O Estado de São Paulo traz uma notícia estarrecedora. Um
levantamento feito pela Fitch demonstra que de cada 100 imóveis vendidos
no Brasil entre janeiro e setembro de 2015, 41 foram devolvidos pelos
compradores.
Quando
40% dos negócios de um setor são desfeitos, significa que a fase da
crise já foi superada e o setor passou para a fase do caos.
A
raiz do problema é o mercado de crédito. O oba-oba de financiamentos
imobiliários que o brasileiro viveu nos últimos anos tinha os alicerces
frágeis, não era sustentável. Numa explicação simplista, aquele crédito
“barato” não existia de fato. O governo petista, além de utilizar
dinheiro do FGTS e da Poupança, forjava os juros baixos capitalizando
os bancos estatais com dinheiro mais caro. Captava no mercado com valor
X e emprestava a X -1. A diferença ficava para o tesouro pagar, ou
seja, o próprio povo através de impostos.
Como
o dinheiro do tesouro acabou e o governo teve que elevar os juros que
ele promete pagar para financiar a própria dívida, o sistema de crédito
barato desmoronou. Soma-se a isso a desaceleração econômica como uma
estocada definitiva nessa fantasia imobiliária.
O
mercado imobiliário está destruído, mas a petista Gleisi Hoffmann diz
que a crise não existe, pois há filas no parque Beto Carreiro. Imagino
que o finado Beto esteja com vontade de usar seu chicote.
Fonte: Paulo Eduardo Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário