Bruno Braga
No último domingo, 17 de
janeiro, realizou-se a "Marcha para Satanás". O evento, que aconteceu
em pelo menos quinze cidades, foi apresentado como uma resposta
"bem-humorada" contra a "Marcha para Jesus" [1]. Contudo, tinha uma
motivação política: "criticar o avanço de pautas conservadoras propostas
pela bancada evangélica" [2] - colocar-se contra o "avanço da
teocracia" no Brasil [3].
Ora, quem acompanha os
debates públicos, mesmo que superficialmente, é capaz de reconhecer esta
forma estereotipada de expressão. Mas, curioso, não é apenas a afetação
do discurso, a pauta dos satanistas coincide exatamente com as
reivindicações dos militantes comuno-petistas [4]. É importante destacar
um dos itens: as "modificações na Lei de Atendimento das Vítimas de
Violência Sexual".
A referência é o PL.
5069-2013. Basta ler o projeto para constatar que ele não deixa as
"vítimas de violência sexual" desamparadas, como sugere a expressão dos
satanistas. O PL é uma tentativa de conter a banalização do aborto, e
criminaliza o anúncio e venda de substâncias abortivas [5]. Distorcer a
questão é parte da estratégia dos defensores do aborto, e também dos
satanistas, que confessam, querem "discutir" - traduzindo, legalizar - o
aborto [6].
Enfim, de "bem-humorada"
a "Marcha para Satanás" não tem nada. A iniciativa de distorcer
deliberadamente, o propósito de enganar, ludibriar, para promover a
matança de crianças inocentes é - pode-se dizer - realmente satânica.
(*) Imagem: "Marcha para Satanás", Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2016. Fonte: Portal UOL.
REFERÊNCIAS.
[4]. Idem.
[6]. Cf. [3].
ARTIGO RECOMENDADO.
"Ex-satanista: 'eu fazia
rituais satânicos dentro de clínicas de aborto'". Equipe Christo Nihil
Praeponere (Padre Paulo Ricardo) [https://padrepauloricardo.org/blog/ex-satanista-eu-fazia-rituais-satanicos-dentro-de-clinicas-de-aborto].
Fonte: Bruno Braga
Fonte: Bruno Braga
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