Translate

segunda-feira, 5 de junho de 2017

As maiores potências militares do mundo em 2017

Gabriela Ruic

Fonte: DefesaNet


Todos os anos, o site Global Firepower (GF) elabora um ranking no qual classifica 125 países de acordo com a sua força militar. Para tanto, são analisados mais de 50 fatores, compilados a partir de informações apuradas junto a diversas fontes.

Dentre eles, os recursos logísticos e financeiros disponíveis e a geografia do país em questão. Com essas informações, é então produzido o Power Index. O site observa que alguns fatores têm maior peso sobre a conta final.

A população de um país, por exemplo, é algo que impacta diretamente na pontuação e, portanto, no posicionamento no ranking, já que aqueles mais populosos têm mais pessoas disponíveis para o serviço militar.

Contudo, vale notar que o ranking não leva em conta aspectos importantes na análise de capacidades militares como, por exemplo, os arsenais nucleares.

No entanto, aqueles reconhecidamente existentes garantem um bônus ao país. Outro ponto que o índice não esclarece é em relação aos aspectos qualitativos do poderio de um país.

A Coreia do Norte, por exemplo, que está nas primeiras posições do ranking, tem suas capacidades frequentemente questionadas por analistas, apesar dos testes balísticos que vem conduzindo. Um exemplo de ceticismo da comunidade internacional está em sua frota de submarinos, cujo tamanho ninguém realmente sabe.

Suspeita-se que ela seja composta por modelos ultrapassados quando comparados com os de outros países, como os Estados Unidos, a quem o regime vem desafiando nos últimos meses.

Limitações colocadas, a lista do GF não deixa de ser um levantamento interessante do ponto de vista ilustrativo que mostra um pouco do panorama atual das forças armadas em um momento em que o mundo observa com atenção a escalada de tensões em diferentes regiões.

Abaixo, EXAME.com selecionou os países que ocupam os 25 primeiros lugares e mostra algumas informações sobre sua estrutura militar, como o orçamento para a defesa, efetivo na ativa, além da classificação no ranking de 2016.

Acompanhe abaixo:

¹Nota: O Artigo considera para navios de assalto anfíbio ou Porta-helicóptero como um porta-aviões em alguns casos.

1º. Estados Unidos
Efetivo (ativo e reserva)2,5 milhões
Orçamento587 bilhões de dólares
Tanques5.884
Aeronaves13.762
Porta-aviões19
Submarinos70
Classificação em 2016

2º. Rússia
Efetivo (ativo e reserva)3 milhões
Orçamento44 bilhões de dólares
Tanques20.216
Aeronaves3.794
Porta-aviões1
Submarinos63
Classificação em 2016

3º. China
Efetivo (ativo e reserva)4,6 milhões
Orçamento161 bilhões de dólares
Tanques6.457
Aeronaves2.955
Porta-aviões2
Submarinos68
Classificação em 2016

4º. Índia
Efetivo (ativo e reserva)3,4 milhões
Orçamento51 bilhões de dólares
Tanques4.426
Aeronaves2.102
Porta-aviões3
Submarinos15
Classificação em 2016

5º. França
Efetivo (ativo e reserva)401 mil
Orçamento35 bilhões de dólares
Tanques406
Aeronaves1.305
Porta-aviões4
Submarinos10
Classificação em 2016

6º. Reino Unido


Efetivo (ativo e reserva)197 mil
Orçamento45,7 bilhões de dólares
Tanques249
Aeronaves856
Porta-aviões2
Submarinos11
Classificação em 2016

7º.    Japão
Efetivo (ativo e reserva)308 mil
Orçamento43,8 bilhões de dólares
Tanques700
Aeronaves1.594
Porta-aviões¹4
Submarinos17
Classificação em 2016

8º.    Turquia
Efetivo (ativo e reserva)596 mil
Orçamento8,2 bilhões de dólares
Tanques2.445
Aeronaves1.018
Porta-aviões0
Submarinos12
Classificação em 2016

9º. Alemanha
Efetivo (ativo e reserva)596 mil
Orçamento8,2 bilhões de dólares
Tanques2.445
Aeronaves1.018
Porta-aviões0
Submarinos12
Classificação em 2016

10º. Itália
Efetivo (ativo e reserva)362 mil
Orçamento34 bilhões de dólares
Tanques200
Aeronaves822
Porta-aviões2
Submarinos7
Classificação em 201610º

11º. Coreia do Sul
Efetivo (ativo e reserva)3,5 milhões
Orçamento43,8 bilhões de dólares
Tanques2.654
Aeronaves1.477
Porta-aviões1
Submarinos15
Classificação em 201611º

12º. Egito

Efetivo (ativo e reserva)
1,2 milhão
Orçamento4,4 bilhões de dólares
Tanques4.110
Aeronaves1.132
Porta-aviões0
Submarinos5
Classificação em 201612º

13º. Paquistão
Efetivo (ativo e reserva)1,1 milhão
Orçamento7 bilhões de dólares
Tanques2.924
Aeronaves951
Porta-aviões0
Submarinos8
Classificação em 201613º

14º. Indonésia
Efetivo (ativo e reserva)876 mil
Orçamento6,9 bilhões de dólares
Tanques418
Aeronaves441
Porta-aviões0
Submarinos4
Classificação em 201614º

15º. Israel
Efetivo (ativo e reserva)790 mil
Orçamento15,5 bilhões de dólares
Tanques2.620
Aeronaves652
Porta-aviões0
Submarinos6
Classificação em 201616º

16º. Vietnã
Efetivo (ativo e reserva)5,4 milhões
Orçamento3,3 bilhões de dólares
Tanques1.545
Aeronaves278
Porta-aviões0
Submarinos6
Classificação em 201617º

17º. Brasil
Efetivo (ativo e reserva)2,1 milhões
Orçamento24,5 bilhões de dólares
Tanques469
Aeronaves697
Porta-aviões0
Submarinos5
Classificação em 201615º

18º. Polônia
Efetivo (ativo e reserva)527 mil
Orçamento9,3 bilhões de dólares
Tanques1.065
Aeronaves465
Porta-aviões0
Submarinos5
Classificação em 201618º

19º. Taiwan*
Efetivo (ativo e reserva)1,9 milhão
Orçamento11 bilhões de dólares
Tanques2.005
Aeronaves850
Porta-aviões0
Submarinos4
Classificação em 201619º

20º. Irã
Efetivo (ativo e reserva)2,3 milhões
Orçamento6,3 bilhões de dólares
Tanques1.616
Aeronaves477
Porta-aviões0
Submarinos33
Classificação em 201621º

21º. Tailândia
Efetivo (ativo e reserva)555 mil
Orçamento5,3 bilhões de dólares
Tanques737
Aeronaves555
Porta-aviões1
Submarinos0
Classificação em 201620º

22º. Austrália
Efetivo (ativo e reserva)104 mil
Orçamento24 bilhões de dólares
Tanques59
Aeronaves465
Porta-aviões2
Submarinos6
Classificação em 201623º

23º. Coreia do Norte
Efetivo (ativo e reserva)5,2 milhões
Orçamento7,5 bilhões de dólares
Tanques5.025
Aeronaves944
Porta-aviões0
Submarinos76
Classificação em 201625º

24º. Arábia Saudita
Efetivo (ativo e reserva)260 mil
Orçamento57 bilhões de dólares
Tanques1.142
Aeronaves790
Porta-aviões0
Submarinos0
Classificação em 201624º

25º. Canadá
Efetivo (ativo e reserva)146 mil
Orçamento15,5 bilhões de dólares
Tanques80
Aeronaves414
Porta-aviões0
Submarinos4
Classificação em 201622º       

Paulo Martins: A sociedade brasileira acabou. É cada um por si

O Brasil se tornou num país sem valores. Hoje somos o povo mais assassino do mundo.


sábado, 3 de junho de 2017

Ideologia de Gênero: a mais terrível inimiga da família

No dia 17 p.p., foi aprovada, pela Comissão de Direitos Humanos, e segue para a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, uma proposta (PLS 332/2015) para modificar o Código de Defesa do Consumidor tendo em vista – segundo o documento – o combate à “discriminação  de gênero”.[1]
O texto da proposta “classifica como abusiva toda publicidade que incite a discriminação baseada no gênero, e proíbe o reforço de estereótipos de gênero na exposição de produtos ou serviços para crianças e adolescentes”, segundo o site do Senado Federal.
Como não poderia deixar de ser, o projeto é da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) (foto ao lado) e teve o apoio de outros partidos de esquerda. Por detrás dessa ideologia está sempre o dedo do comunismo.
A senadora defende, sem bases científicas, “que o combate à discriminação de gênero nas relações comerciais é especialmente importante na oferta de produtos e serviços destinados ao público infanto-juvenil.”
O aprendizado dessas práticas começa muito cedo, de modo até inconsciente, é repetido de maneira supostamente inofensiva e contribui para diminuir os horizontes a serem alcançados por meninos e meninas. Brinquedos são para divertir, estimular, despertar interesses. Não se deve restringir quais deles estarão ao alcance“, argumenta a senadora na justificativa do projeto.
A senadora Vanessa cita, como exemplo, a associação de brinquedos específicos a meninos ou meninas.

A ditadura da ideologia de gênero

Bonecas criadas pela artista francesa Laurence Ruet
Mediante uma legislação draconiana e absurda, as indústrias de brinquedos terão que fazer propaganda de seus produtos dentro da perspectiva obtusa da ideologia de gênero. Não poderão dizer que os brinquedos se destinam para meninos ou para meninos. Bonecas, por exemplo, é um brinquedo típico para meninas. Contudo, fica proibido fazer propaganda desse brinquedo indicando-o para meninas. As lojas de brinquedos não poderão ter secções de brinquedos separadas para meninos e para meninas. Se o fizerem, serão multadas por discriminação.
Assim, quer-se impor a ideia de que a criança nasce com sexo neutro, ou até mesmo, que a homossexualidade é inata. Neste sentido, segundo essa teoria, o ambiente em que as crianças crescem pode ter um papel importante na escolha do que eles chamam “gênero”.
Já dissemos anteriormente, neste site, que a palavra “gênero” tem um sentido talismânico quando se refere a sexo. Os seres vivos têm sexo, e não gênero. A palavra gênero serve para classificar palavras e não sexo. Existem palavras do gênero feminino e do gênero masculino. Os homens e os animais são do sexo masculino ou feminino.

A homossexualidade se produz, não é inata

O Dr. Jokinn de Irala (foto ao lado), mestre em saúde pública e especializado em afetividade e sexualidade humana da Universidade de Navarra, Espanha, desmascara a ideia de que a homossexualidade é inata. Assim, ele afirma:
“Como cientista, diria que a homossexualidade se produz, não é inata, decididamente. Deve-se dizer que, de fato, não existe nenhuma evidência científica que apoie a teoria genética da homossexualidade ou que ela possa ser inata. Os especialistas em homossexualidade que trabalham em associações científicas como a NARTH nos EUA (Associação Nacional de Investigação e Terapia da Homossexualidade) afirmam que se trata de um desenvolvimento inadequado da identidade sexual. Por isso, deveríamos pelo menos aceitar que o debate científico sobre este tema possa continuar existindo.”[2]
Ainda segundo o Dr. Irala, “esta ideia de que uma pessoa nasce homossexual tem a sua origem nos anos 70, quando os ativistas da homossexualidade nos EUA fizeram muito lobby para que a APA, que é a Associação Americana de Psiquiatras, excluísse o tema do manual de classificação de doenças. Assim, realizaram uma votação da qual participaram 25% dos membros e cujo resultado foi de 69% favoráveis à exclusão da homossexualidade dessa lista. Que eu saiba, este é o único caso na medicina em que foi decidido se algo é uma doença ou não por meio de uma simples votação de quem assiste a uma reunião. É como se na sociedade espanhola de endocrinologia fosse realizada uma votação para decidir, a favor ou contra, se a obesidade é um problema de saúde. Isto não tem precedentesO que precisa ser feito é analisar o problema com estudos científicos”.

Consentir na mudança de sexo é mais fácil do que atravessar a rua

Recentemente, a Academia Americana de Pediatria (AAP) publicou um trecho, em seu AAP Daily Briefing, de um estudo no Journal of Experimental Psychology. O estudo relatou que as crianças com menos de 14 anos não são cognitivamente capazes de atravessar uma rua movimentada “porque as crianças não têm o julgamento perceptual e habilidades físicas necessárias para atravessar de forma consistente com segurança“. Esta mesma Academia se contradiz quando alega que “as crianças nesta idade (14 anos), ou mais jovens, são capazes de decidir que eles são do sexo errado e que são cognitivamente competentes para consentir no uso de bloqueadores da puberdade, hormônios sexuais tóxicos e cirurgia de mutilação de sexo.”[3]
Já a Dra. Michelle A. Cretella (foto ao lado)Presidente da American College of Pediatricians, discorda dessa afirmação. Ela diz que  “crianças não são miniaturas de adultos. Todo o mundo sabe disso. Nosso estudo, The Teenage Brain: Under Construction, documenta as limitações cognitivas dos adolescentes que comprometem sua capacidade de fornecer o consentimento consciente.”[4]
Contra todas as evidências naturais e científicas, a agenda homossexual quer impor-se por todos os meios, inclusive de um modo ditatorial, através da legislação. Assim, a família se sente ameaçada em sua liberdade de educar os filhos dentro dos princípios cristãos. Por isso, compete aos pais utilizarem os  meios também legais para fazer valer os seus direitos.
Em artigo publicado neste site, o advogado Miguel Nagib explica como propor uma ação para reparação de danos morais se “os pais entenderem que essa prática pedagógica implica algum tipo de dano aos seus filhos ou ao seu direito de dar a eles a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções — direito previsto no artigo 12, IV, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos”.[5]
_________________________
[4] Idem

A face sinistra da China

Plinio Maria Solimeo
O aspecto não sorridente da China comunista é o aspecto real do país 

A China é apresentada por muitos como um país onde o socialismo de mercado de tal maneira deu certo, que a converteu na economia de mais rápido crescimento no mundo, na maior exportadora e importadora de bens, e na primeira potência industrial. Isso evidentemente não teria sido possível sem a cumplicidade do Ocidente.
Assim, de repente, um país que ainda em vias de desenvolvimento se torna o primeiro mercado para bens de consumo de luxo, com o número assombroso de 1.363 milionários, que gastam e esbanjam no Ocidente empobrecido.
Entretanto, observadores imparciais alertam que esse gigante asiático tem pés de barro, e que, mais cedo ou mais tarde, mostrará sua verdadeira face. Pois, apesar de tudo isso, sua população vive em estado de semi-escravidão, dependendo em quase tudo de seu inexorável Estado-Patrão.
Vejamos alguns exemplos.
No Tigre Asiático vigora há mais de 50 anos o controle implacável do Partido Comunista, como na era do facínora Mao Tsé-Tung [foto à esquerda]. Por exemplo, é o Estado que decide isto de exclusivo do foro familiar: o número de filhos que cada família pode ter, e praticava inexoravelmente a política de filho único até há pouco.
Mas essa medida trouxe tantos problemas ao país — como os vem causando para praticamente o mundo inteiro —, que o governo teve que revisá-la.
Assim, em outubro de 2015, o Partido Comunista e as autoridades governamentais chinesas fizeram uma nova emenda na Lei de Planejamento Familiar, permitindo a todos os casais devidamente registrados que tivessem dois filhos.
Essa mudança, que pode parecer auspiciosa a muitos desavisados, não demonstra senão até que ponto o Partido Comunista controla a vida dos cidadãos chineses.
Ele o faz exercendo um controle coercitivo sobre as mulheres e suas famílias. De modo que as recalcitrantes que tiverem três ou mais filhos serão pesadamente multadas, poderão perder o emprego, ser sujeitas a detenção arbitrária e forçadas a abortar. Pior ainda: serão ameaçadas com esterilização, além de sofrerem outras políticas discriminatórias contra seus filhos.
Mas essa tardia mudança não tem produzido efeito. Porque, apesar da permissão para o segundo filho ter sido sancionada em outubro de 2015, menos de 1.85 milhão em 11 milhões de casais aptos em todo o país (16.8%) se candidataram para tê-los. Pelo contrário, dados do Escritório Nacional de Estatística da China mostram que o número total de nascimentos em 2015 caiu 16.55 milhões, ou seja, 320 mil a menos que em 2014. Ainda não temos dados para 2016, quando as autoridades chinesas esperam um boom, por ser o Ano do Macaco, considerado pela mitologia chinesa como o mais auspicioso para gerar filhos.
Acontece também que muitos casais, especialmente os das áreas urbanas, estão relutantes em ter um segundo filho, devido a diversos fatores. Entre eles, o do elevado custo, pela falta de opções em assistência e educação infantil, de disponibilidade para o cuidado deles, devendo, ademais, interromper a carreira profissional. Mas principalmente pela mentalidade forjada durante décadas pelo governo comunista, de permitir apenas um filho por casal.
Além disso, essa nova e tardia medida do governo é inepta para reparar o profundo desequilíbrio demográfico causado por décadas de controle da população pelo Estado. É o que crê a Comissão do Congresso dos Estados Unidos sobre a China, em um informe publicado em abril[i].
O que pesa ainda nesse quadro é que, por uma preferência cultural, tradicionalmente os chineses preferem ter filhos homens, uma vez que ao chegarem à idade de trabalhar poderão mais facilmente garantir o futuro da família, ajudando no orçamento familiar. Por isso, de acordo com dados do governo, em 2015 nasceram 34 milhões de homens a mais que de mulheres.
O órgão do governo americano estima que, devido também a essa mentalidade, no ano passado foram abortadas cerca de 64 milhões de meninas, o que provoca a existência de um mercado negro para adoção de meninos, dirigido por verdadeiras quadrilhas.
Esse desequilíbrio entre os sexos está contribuindo também para o aumento do tráfico de mulheres (principalmente de países da região como Laos, Coréia do Norte, Cambodge e Vietnã), para os matrimônios forçados e exploração sexual.
Por outro lado, o governo tem que enfrentar um problema colateral: de acordo com um relatório de janeiro de 2016 do Escritório de Estatística chinês, a população hábil (pessoas entre 16 e 59 anos) teve uma queda de 4.87 milhões com relação ao ano anterior, continuando em declínio. Ao mesmo tempo, a população senil (60 anos para cima) aumentou em aproximadamente 9.58 milhões em 2015, levando os idosos a constituírem agora quase um quarto da população total.
*       *       *
Igreja Católica destruída, pois não alinhada ao governo comunista, mas fiel a Roma
O relatório do órgão do governo americano trata também da questão religiosa no país, dizendo que o regime chinês está revendo suas leis sobre assuntos religiosos para introduzir novos controles à educação, aumentar a fiscalização dos sites web de conteúdo religioso, e reafirmar o princípio de que a religião é uma ameaça à segurança nacional. Nas restrições à liberdade religiosa, segundo o Comitê do Congresso americano, inclui-se a determinação de minar a influência do Vaticano sobre os católicos chineses.
Ora, essa perseguição religiosa é bastante antiga. Basta lembrar que durante a chamada Revolução Cultural“numa circular de 15 de maio de 1966, Mao Tsé-Tung lançou a luta política contra seus inimigos, aos quais chamou de ‘monstros e demônios’; quer dizer, contra todos aqueles que se opuseram ao controle do partido e à ideologia comunista: os intelectuais, os ricos, os proprietários de terra, ‘contra-revolucionários’ e os seguidores das diversas religiões. Depois do editorial do Diário do Povo, de 1º. de julho, ‘Varrer todos os monstros e demônios’, os Guardas Vermelhos lançaram uma violenta campanha para deter e perseguir a todos os membros destas categorias”.
Essa perseguição foi terrível para os seguidores de religiões, sobretudo as cristãs, tachadas de “inimigas do povo”, tendo os católicos sido declarados suspeitos de atividade contra-revolucionária[ii].
Esse estado de coisas não mudou muito em sua essência, embora nos acidentes tenha havido certa liberalização. O que faz com que a parte mais sadia dos católicos chineses fiéis a Roma — para falar só deles — ainda tenha que pertencer a uma “Igreja Clandestina”, ou seja, viver como que nas catacumbas [foto ao lado].
Para enfraquecer o reduto católico, que segundo algumas estatísticas aumenta anualmente em 100 mil convertidos, o governo comunista resolveu criar uma “Associação Patriótica dos Católicos Chineses”, inteiramente controlada por ele, com bispos nomeados pelo Partido e ordenados sem aprovação de Roma. Essa associação foi definida por Bento XVI como “inconciliável” com a doutrina católica.
Católicos foram humilhados, perseguidos e executados durante a “Revolução Cultural” promovida pelo sanguinário Mao Tsé-Tung
Existe atualmente uma centena de bispos ativos na China, 30 dos quais são da Igreja Clandestina, fiéis a Roma, e 70 “oficiais”, ordenados ilegitimamente, mas que depois se reconciliaram mais ou menos com Roma ou foram ordenados com o reconhecimento de Roma e de Pequim.
Enquanto a “igreja oficial” goza da tolerância do governo comunista, a “Igreja clandestina” paga um preço alto pela sua clandestinidade, com perseguições, depoimentos, detenções, sequestros, multas etc.[iii]
Segundo dissidentes que conseguiram escapar desse novo Gulag, “a realidade dos campos de trabalho chineses é aterradora. As minorias religiosas e os dissidentes políticos são encarcerados sem razão durante anos. Nesse tempo, eles são torturados e alguns são levados a instalações cirúrgicas, onde se lhes extirpam seus órgãos enquanto ainda estão vivos”. “Segundo se crê, há mais de 10 mil órgãos em circulação na China, a metade deles extirpados à força. Para o Partido Comunista, o corpo de uma pessoa é propriedade do governo e seus órgãos um ‘bem comum’, assim como os bebês. É a cara negra de uma China que continua sendo maoísta”[iv].
Enquanto isso, o sorridente presidente chinês, Xi Jinping [foto à esquerda cumprimentando Vladimir Putin], aparece abraçando com mandatários dos Estados Unidos, da União Europeia e investidores ocidentais, como se presidisse à nação mais feliz do planeta e sem que ninguém o interpele pelos abomináveis crimes que se cometem em seu país._________
[i] http://www.cecc.gov/publications/annual-reports/2016-annual-report?
[iii] Sandro Magister, www.chiesa, 26 de septiembre de 2016
[iv] http://www.actuall.com/familia/la-realidad-de-china-secuestros-granjas-humanas-y-una-extensa-red-de-trafico-de-organos/